Imaginem que na idade maluca pela qual quase todos nós passamos, e até mais tarde, eu iniciei a minha “vida literária” com poesia. E até cheguei a publicar no jornal lá da minha terra, e não sei se mais alguma coisa.
Depois reparei que se queria que as pessoas me entendessem tinha que falar claro e não com cantigas mais ou menos indecifráveis.
Em boa hora. Há décadas que eu só sofro desgostos com poetas.
O último foi numa noite destas num programa sobre o Pablo Neruda que depois fui vasculhar mais a preceito na Wikipédia.
PABLO NERUDA
O que é que se pode pensar de um indivíduo, inclusive diplomata do seu país num outro liberal dos anos 40, (portanto não é um analfabeto qualquer), que vive a insultar todos os representantes e governantes da cultura política ocidental da altura, enquanto põe nas alturas um regime sanguinário que na mesma época assassina milhões de pessoas inocentes que nem pela cabeça lhes passaria fazer o que ele faz no seu próprio país?
Porque será que nos regimes comunistas, Lenine, Estaline, Honecker, Fidel, Ceausescu, afins e similares, não há, nem houve, partidos oposicionistas, guerrilhas, terroristas ou coisas desse género?
Disseram-me: Porque os que não fugiram a tempo, (e mesmo esses), foram todos assassinados pelos libertadores. Será verdade?
POR FALAR NISSO…
VOTOS DE PESAR NA ASSEMBLEIA…
HOMENAGENS NA PAROLEIRA.
Sou de poucos amigos, não sou coleccionador de hipócritas.
As minhas amizades, preitos e votos de pesar, etc., etc., são sempre bem direccionados com critério e rigor… com fantochadas que ainda esta semana aconteceram por aí, não vou perder tempo com gente que não merece que eu altere o passo ou olhe para o lado.
Os exames do ensino secundário começavam precisamente no mesmo minuto em todo o mundo Português de então, do Minho a Timor, o Ano Lectivo começava impreterivelmente no dia sete de Outubro, os resultados dos exames eram afixados minutos depois das provas nos átrios das escolas.
EM PORTUGAL… Sem computadores, sem Internet, sem telemóveis, sem os milhares de professores, auxiliares, etc., etc., de há 40 anos para cá, sem as condições de trabalho actuais que fariam os antecedentes revirar os olhos.
Tudo isto para um ensino desgraçadamente muito pior.
Diz-se por aí, gente de bem, mas que não perde o sono ao mandar milhares para a guerra ou assassinar milhões por ideias diferentes, que os homens são todos iguais. Será, não sei. O que me parece no entanto, é que em tudo o que seja desporto ou profissão que exija esforço físico ou intelectual contínuo e persistente, alguns homens são mais iguais do que outros.
Lembrei-me disto a ver a Volta à França em Bicicleta.
Fazer obra com o dinheiro do nosso bolso é uma coisa, fazê-la com dinheiro de uma herança, emprestado ou de um fundo qualquer que ninguém sabe de onde vem, é outra muito diferente. É por isso que desde há quarenta anos que não há um muro, um chafariz ou uma placa toponímica numa esquina em Portugal que não tenha sido pago com o dinheiro da pesada herança, do um banco ou vindo sabe-se lá de onde. Não custa nada ser autarca.
E alguns só lá ficaram 40 anos porque o poleiro tem de ser distribuído por todos e porque, até o caciquismo tem limites.
Agora, com um país a mato a importar 500 mil toneladas de batatas das 900 mil consumidas, com milhares de polidores de esquinas a viver de subsídios, temos como principal riqueza económica o turismo que, como se sabe, basta um pequeno tremor político, para ter a mesma consistência que um pacote de manteiga em cima de uma laje num eirado no Verão.
Vem de longe: Dos sumérios aos gregos, dos romanos aos descobrimentos…
Há milénios que é mais fácil iludir o povo com beijinhos e pândega a roubar o próximo de arma em punho ou de mão estendida a vender banha da cobra, do que ser honesto e “ensinar” toda a gente a trabalhar.
“Resta-nos o Sol, o turismo e o servilismo de bandeja”.
Marcelo Caetano o disse, a premunição está aí.
NOTA: Dizem os holandeses; "Deus fez o mundo, os holandeses fizeram a Holanda". Com verdade: Uma boa parte dos 40 mil quilómetros quadrados da Holanda, os famosos polderes, foram conquistados pelos holandeses ao Atlântico. A Holanda, 200 vezes mais pequena que o Brasil exporta mais produtos alimentares que o país da América do Sul; Portugal, um território agrícola abençoado por Deus, mais de duas veze maior que a Holanda, importa 500 mil toneladas de batatas das 900 mil consumidas.
A família da criatura fugiu da Península do Indostão, de um tal Nerhu, que em 1961 correu os portugueses a tiro da Costa do Malabar.
(Este Nerhu era o ídolo de um tal Igrejas Caeiro, um radialista que depois de correr todo o país com um espetaculo de variedades, "Os Companheiros da Alegria", resolveu que se já era alguém, também podia publicamente idolatrar o facínora indostânico que acabava de agredir o seu país. O Salazar tirou-lhe as mordomias. E por isso, APENAS SÓ POR ISSO, o progressista radialista, entretanto democrata, foi depois deputado até á eternidade).
Os refugiados industânicos, no entanto, eram portugueses, lá estava a asa da Bandeira das Quinas de Minho a Timor para os acolher.
Refizeram a vidinha em Moçambique
Um mundo deu mais uma volta, os novos senhores do território português da costa do Índico acabaram por correr também com os portugueses de lá para fora… os “portugueses” da Costa do Malabar, e bem, vieram atrás.
Eram portugueses como quaisquer outros, mais uma vez seguiram a sombra da Bandeira das Quinas. Era o que PARECIA. Mas afinal, soube-se mais tarde, eram conspiradores contra o SALAZAR, mutatis mutandis, contra Portugal... um deles, inclusive, era da FRELIMO que lutava contra o país que lhe tinha recolhido a família refugiada do manda chuva da sua terra Natal.
A Madona, sabe-se lá porquê, (deve estar parola), trouxe os dólares com ela, veio viver para Portugal. Para uma hóspede de luxo que qualquer país daria o Céu e a terra para a receber, tem sido um aqui d’el rei porque pediu à Câmara de Lisboa estacionamento para guardar os carros… Entretanto Portugal é um mar de felicidade de Norte a Sul porque o Barack Obama veio ao Porto sacar uma fortuna a uma assistente de gente escolhida, ilustre, ilustrada e muito importante que foi atentamente ouvir a palavra do senhor.
LOUVADO SEJA O SANTÍSSIMO!!!
NOTA: Se eu tenho aqui um computador que em meia dúzia de minutos me ensina tudo o que eu quizer saber, na língua que eu escolher, que me repete tudo até à exaustão se eu quiser, porque carga de água havia eu de ir assistir a uma conferência de um gajo que eu não conheço de lado nenhum que, se calhar ainda sabe menos do que eu, e ainda por cima a pagar?
Para mais em benefício de uma gigantesca fraude que para nada mais serve do que para alimentar lobis e gente sem profissão nem modo de vida.
Quando uma casa de espectáculos esgota com milhares de espectadores selectamente escolhidos, tudo “gente fina”, “de alto gabarito”, "ilustre" e "ilustrada", para assistir a uma palestra, onde o palestrante, seja ele quem for, vai sacar 500 mil euros, que mais precisamos nós para acordar?
Lembram-se de quando se dizia na década de 50 do Século passado, que os açorianos da Terceira iam assistir a saraus culturais de lacinho e fraque com as botas penduradas no ombro? Os "DESCALCINHOS", lembram-se?
No 53º. Aniversário da FAP, em 2005, alguém me pediu (um jornaleiro), para dizer umas palavras sobre o acIdente fatal em 1955 dos oito F-84 na Serra dos Carvalhos, uma vez que o mesmo tinha acontecido lá na minha terra. Tudo bem. O escriba escreveu que eu tinha dito que os aviões iam a 4.000 quilómetros por hora. (Não foi a única vez que me aconteceu).
É por isso que eu gosto da HONESTIDADE deles.
NOTA: "Desonestidade", burrice, o que quiserem. Deitar da boca para fora é uma coisa, escrever é outra muito diferente... E um "jornalista", como o jornal onde ele trabalha, devem saber disso muiro bem.
Se não sabem a diferença, são incompetentes... e, entre um desonesto e um incompetente a dificuldade é escilher o pior.
No último ano de escolaridade a criatura tirou doze a história, a disciplina que se pode tirar um curso de principio ao fim sem pegar numa caneta, torceu o nariz ao português, não ao miserável sete na língua materna, mas à disciplina como se esta tivesse culpa dele ser um cábula.
Por muito pouco ou nada que diga à generalidade das pessoas é uma das frases mais verdadeiras da actualidade: “Um homem que não é capaz de governar uma mulher não é capaz de governar coisa nenhuma”. Basta olhar para as mãos dos políticos, governantes, de tudo o que vive por baixo das luzes e atrás de câmaras. E podem escrever: Não é nada promissor.
Cada um é livre de acreditar, ou não, no que melhor lhe soar aos ouvidos... Ou porque não sabe ou porque não quer saber. A opção é pessoal, mas seja qual for caso, se é por não querer saber, é sempre reprovável.
O VELHO EMBAIXADOR E dizia o velho embaixador: Não jovem colega... nós, os portugueses de hoje não descendemos dos portugueses que fizeram Luanda, Lourenço Marques, que deram Novos Mundos ao Mundo, etc., etc.... nós, os portugueses de hoje descendemos dos portugueses que nunca saíram de Portugal. Aniceto Carvalho
A criatura apontou a pistola ao outro. Premiu o gatilho, a arma encravou.
Ficou surpreendido, virou a arma para si, espreitou pelo cano...
Voltou a premir o gatinho…
Era comentador da reportagem do DN sobre os carros da Madona.
Amiceto Carvalho
JUSTIÇA SOCIAL
Como pelos vistos sou culpado por ser viúvo, por ter acutelado o futuro para não morrer de fome na velhice, e por ter boa saúde, este mês vou pagar a minha pensão inteirinha em IRS para o meu presidente andar aos beijinhos a piolhosos que nunca na vida mexeram uma palha, que nem o que lhe dão de mão beijada querem aceitar.
A aviação é um ramo de actividade em que toda a gente é muito importante: Pilotos, controladores, secretárias, assistentes, tractoristas, bagageiros, etc. e tal por aí fora… o único gajo que não interessa a ninguém na aviação é o que arranja os aviões para que todos os outros lá estejam.
Aniceto Carvalho
NOTA SOBRE O TEXTO
Estava a ver um filme que abordava uma profissão do ramo aeronáutico que, sei lá porquê, parece gostar muito de cólinho.
Saiu isto: Este texto foi escrito por um mecânico de avião, eu próprio, o tal “único gajo que não interessa a ninguém na aviação”.
Eu pertenço àquele tipo de indivíduos que são capazes de fazer tudo em que metem as mãos. Sem exagero. Fiz tudo. Plantei batatas, tirei água à picota, (na minha terra chama-se burro), varejei azeitonas, beneficiei rodas, arreei e atrelei cavalos a carroças, substituí carretos em caixas de velocidades, fiz mobílias, estufei automóveis e móveis de sala, consertei aviões, helicópteros e electrodomésticos, e escrevi livros.
Tudo isto e muito mais, sem qualquer exagero. E bem.
Tinha uma mulher que me acompanhava taco a taco.
As profissões em que não participei, não me passaram ao lado. Nalgumas delas, em que inclusive tive a oportunidade de assistir mais de perto, ainda estou para saber o porquê de tanta algazarra e colinho, deles próprios, em tudo o que é comunicação social, governos e governantes.