Hoje há palhaços
HOJE HÁ PALHAÇOS
Uma das últimas provas da desconhecida pujança intelectual lusitana que animou nos últimos dias o rectângulo peninsular foi o desbastador abaixo-assinado de 150 obscuras eminências cá da terra a apelar à unidade anti-fascista de 147 milhões de eleitores brasileiros.
Uns vão ao circo ver os palhaços... outros chega-lhes ficar em casa.
Enquanto isso "há" por aí um aeroporto, o qual se previa no princípio dos anos 70 do Século XX estar pronto a funcionar em 1978 a meia dúzia de quilómetros de Lisboa.
(Nada demais: A Ponte Salazer demorou três anos a construir no início dos anos 60, e a Barragem de Caborra Bassa, em Moçambique, mais ou menos o mesmo tempo).
Quase 50 anos depois de infindáveis estudos que nunca se sabe se ou quando vão acabar, está prestes a sair um aborto impraticável no mundo há décadas, só possível na cabeça de gente sem a mais elementar qualidade ou preparação para governar um país.
Estive a ver ontem a localização de uma série de aeroportos: Madrid, Barcelona, Paris, Londres, Berlim, Marselha... nem um em que os aviões a aterrar tenham de sobrevoar uma casa.
Não é por se lhes mudar o nome, que as coisas funcionam melhor.
Aniceto Carvalho