Dizia o sindicalista refastelado em gabimete climatizado ao mais alto nível, a revelar superior bem estar e total desprezo pelo cidadão que lhe paga as mordomias:
"No tempo da ditadura é que as greves eram proibidas".
POIS. E AGORA, QUEM É O DITADOR?
O Estado Novo que descartava a greve no funcionalismo público, e muito bem, ou um sindicato que põe em risco de vida milhares de cidadãos ao ordenar greves no Serviço de Saúde?
("e muito bem" porque além do dever de saber para o que vai quando ingressa na função pública, dos deveres e direitos que é obrigado a respeitar, o funcionário público é um servidor do Estado pago por todos os cidadãos).
(NOTA: Eu sou um funcionário público com 83 anos de idade).
Dignidade de uma minhoca vesga é participar numa greve contra a empresa que lhe deu trabalho, com insultos ao patrão, e logo depois não se importar nada de estar no escritório da firma a receber o cheque do ordenado.
Quando uma criatura não é de cá, está em Portugal porque quer, e acha que os portugueses são racistas, porque não vai para a terra dele?
Nada no mundo me faria trabalhar numa empresa em litígio com o patrão, nem num país onde me sentisse marginalizado. Deve ser da coluna.
ATENÇÃO AOS SINAIS 99% das pessoas hoje não usa aliança. Não se usa, não passa de velharia de gente antiga e antiquada; mais de metade dos casais jovens estão separados… nada de estranhar, é normal; 99% dos filhos chegam a adultos sem conhecer os pais… nada mais que um dos sinais dos tempos… E a vida continua alegre e feliz… O avião teve um comportamento pouco definido à descolagem… reportou o incidente, nada foi encontrado… (são máquinas); dias depois foi necessário actuar de emergência… (as máquinas têm destas coisas); mais duas semanas, algures lá nas alturas por cima do Mundo, a válvula piloto bloqueou com o sem-fim que faz rodar o leme encostado no limite extremo. O avião caiu a seguir com 300 pessoas a bordo. Todos os grandes desastres resultam de pequenos nadas. Aniceto Carvalho
Suponho que, quase de certeza, a única lanterna deste tipo no mundo nos meados do Século XX, fabricada em Portugal pela Fábrica Hipólito, de Torres Vedras.
Andávamos a dar uma volta por Marselha, tínhamos entrado numa casa comercial... ao vislumbrar um objecto destes entre as mercadorias, um colega meu do curso que estávamos a tirar na Sud-Aviation, parecia ter encontrado uma pepita de ouro:
- Aos anos que eu procuro uma coisa destas!... - exclamou ele. - Ficámos atentos, ele explicou melhor: - É para oferecer ao meu sogro.
Eu conhecia desde pequenino o LAMPIÃO, da Fábrica Hipólito. Expliquei:
- Isso é feito em Portugal lá bem perto da casa do teu sogro.
(A mulher dele era da região saloia).
O Ferreira da Costa perguntou ao comerciante se podia confirmar. Autorizado, reservou a compra para quando chegasse a Portugal. ACONTECE.
Quase comecei a andar lado a lado com um LAMPIÃO, como este, que o meu avõ segurava na mão esquerda, quando à noite ia à Quinta tratar dos bois.
A luz do lampiáo projetava na parede de uma das casas do lugar a sombra das pernas do meu avô como uma tesoura gigantesca a abrir e a fechar... com quatro ou cinco anos, a minha imaginação pregava-me partidas levadas do diabo.
Possivelmente, toda essa gente que atafulha de filhos, primos, afilhados, parentes e correligionários todo o buraco do Estado onde ainda tem espaço para enfiar mais alguém, também vive convencida que está a criar postos de trabalho.
O grande DC-6 dos Transportes Aéreos Militares da Força Aérea Portuguesa.
Catorze anos de ponte aérea a transportar militares e famílias de militares a milhares de quilómetros e horas sobre o Atlântico, noite e dia, sem um acidente.
Não sou de cá, acho que fui encontrado atrás de uma moita entre Vale do Forno e a Boiça. “Não sou de cá” é a melhor razão que me explica porque eu não sou capaz de compreender muito do que se passa cá na terra: Eu não consigo perceber que, de extraordinários feitos num passado ainda não muito distante, hoje, cinquenta anos depois, com incalculáveis mais meios, técnicos e humanos, nada funcione, tudo emperre, nada mais reste que greves, manifestações e incompetência para tirar uma simples pedra do caminho. Eu não sou de cá. Num país onde nos meados do Século XX o inicio das aulas, os exames e a afixação dos respectivos resultados eram exactamente na mesma hora e no mesmo dia em todo o mundo português de então, só muito difícil e longinquamente alguém conseguirá imaginar o que seriam e como funcionariam hoje os Transportes Aéreos Militares numa situação semelhante à dos catorze anos da Guerra do Ultramar. Aniceto Carvalho
HOSPITAIS E HELIPORTOS (Noticiário das 13:00 horas, de 15/01/19) Se há helicópteros não há heliportos, se há heliportos não têm condições, se há heliportos e helicópteros quem determina a operacionalidade dos aparelhos é o fabricante e não o operador que pagou milhões por eles. Nós tivemos centenas de aparelhos destes a voar em Portugal dezenas de anos, inluindo nos catorze de Guerra nos então territórios portugueses em África. (Eu estava lá). Com gente desta a mandar nenhum dos milhares de militares feridos da Guerra do Ultramar tinha voltado para casa. Aniceto Carvalho
Como o espanhol, como o italiano, o português emigra para a Alemanha, para França, para a Inglaterra, amealha umas economias, acumula para a reforma, regressa à terra e faz uma casinha… se emigra para os Estados Unidos, arruma a trouxa e nunca mais pensa em atravessar o Atlântico em sentido contrário.
Os Estados Unidos cheiram-se no ar logo à chegada:
Cheira-se no ar que o americano pode construir um avião no quintal; que não precisa de cinquenta pedidos oficiais, fora o que escorre, para mandar fazer uma casota para o cão à entrada do portão; que ninguém deixa de mudar um calhau de sítio por ordem de uma entidade que não se conhece quem é nem se sabe das suas competências.
Nos Estados Unidos da América qualquer estrangeiro se sente em casa horas depois de lá ter chegado. E isso só pode acontecer num país que de colonizado chegou à maior potência do mundo em meia dúzia de anos.
Consta ao mais alto nível… (Apanhado aqui e ali na televisão): É previsível a breve trecho na República da África do Sul a mesma "reforma agrária" que desbastou o Zimbabwe. Esperemos por mais esta com tranquilidade. Já agora: Você sabia que a República da África do Sul é, ainda hoje, o único país que acode a todas as situações de fome em toda a África subsaariana ?
Ditador, fascista, comunista, etc., por aí fora é um “maduro” que insiste em mandar num país rico à entrada de um continente cobiçado, que tem uma zona exclusiva no Caribe com acesso a um fabuloso canal do Panamá entre o Atlântico e o Pacifico e não quer que lhe passem a perna no que por direito lhe pertence… Ditador, fascista, comunista, etc. e por aí fora era um tal Saddan, e é um Bashar Hafez al-Assad que, como governantes no antigo “Crescente Fértil” têm a mania de mandar em países que se atravessam no milenar, poderoso e lucrativo Corredor Sírio Palestiniano. De quem ninguém fala é de um cacique africano que, apenas e somente por puro racismo desbasta de tudo um país florescente, e põe milhões de seres humanos a atravessar deseros e oceanos a morrer de fome e de tudo quanto é mais básico, para se venderem como escravos em paraísos distantes. Aniceto Carvalho
Homem de rara visão e capacidade de trabalho, pelos meados do Século XX, com cerca de 50 anos era um dos homens mais ricos de Portugal.
(Convidado por um faliliar dele da minha idade, sobrinho ou coisa assim, eu tive o privilégio de visitar em Outubro de 1959, na inauguração da Base de Monte Real, as fantásticas caves de vinhos que ele possuia em Vieira de Leiria).
Com milhares de postos de trabalhos na região de Marinha Grande e Vieira de Leiria, exportava quase toda a produção das melhores limas do mundo.
As superiores regalias sociais aos seus empregados nem sequer eram sonhadas pelos outros restantes trabalhadores portugueses de então.
Em 1975, no seguimento do 25 de Abril, todos aqueles a quem ele tinha posto a pão na mesa, criado cantinas, creches, jardins escolas e bem estar para os filhos, sequestraram-lhe a família toda dentro de uma das fábricas.
PARA QUEM NÃO SABE: Uma das primeiras medidas do Samora Machel a seguir à independência, foi despachar para a Gorongosa e para outros "paraísos de férias" semelhantes em Moçambique, tudo o que era polidor de esquinas, desempregado profissional, afim ou similar.
Foi uma razia. Eu estava lá, não ouvi dizer nem me contaram.
Ainda hoje ando desconfiado que é disso que muita gente tem medo. Aniceto Carvalho
DESMINTAM-ME… SOU TODO OUVIDOS Talvez que eu esteja enganado. Talvez… Mas enquanto não me mostrarem o contrário, a única razão que eu encontro para a proliferação de doutores em desfavor de gente bem formada que saiba trabalhar aos vinte anos, é atafulhar universidades de professores "desempregados" da política.
Uma coisa é um país de doutores que querem ganhar muito dinheiro sem arriscar um cêntimo ou um minuto de trabalho fora de horas, a outra, bem diferente, é uma terra de gente que sabe trabalhar, que tem iniciativa e espírito de sacrifício…
Os exemplos são conhecidos da história recente. E por isso a teoria da universidade para justificar os grandes ordenados dos doutores está errada desde a primeira letra. Aniceto Carvalho
Uma senhora muito abrilista, etc. e tal da RTP3 recomendou-me para ver na RTP1 "Três mulheres". Já conhecia. Inclusive VIVI trinta e nove anos no tempo do Estado Novo: "Três mulheres" é uma série que retrata uma infinidade de gente sem qualquer préstimo que levou uma vida inteira a passarinhar pela cidade de Lisboa durante anos sem nada fazer pelo país.
Tudo o que somos, o que comemos, o que bebemos, até os medicamentos que tomamos para a súde, tiramos da terra que pisamos. TUDO.
Toda a agricultura na minha terra era basicamente aproveitada de linhas de água, de terras razoavelmente aráveis e férteis, drenadas de poços e valas de escuamento, alimentadas de nutrientes que escorriam das encostas em redor. De subsistência… mas o melhor que havia.
Vale do Forno, Boiça, Património, Abelheiras, Ínsua, Marmeleiros... Aquelas terras sagradas, hoje a mato de metros, alimentaram gerações de seres humanos em milénios que nunca pensaram em atravessar desertos e oceanos para se deixarem vender como escravos em paraísos distantes. BASTAVA-LHES TRABALHAR Aniceto Carvalho
INTELECTUAL PENDURA Queriam mais escolas, tiveram mais escolas. Nem sempre ao lado da porta de casa, mas nos anos sessenta tinham transporte do Estado. Não adiantou. Em vez de aproveitar o que os outros não tinham tido, tudo o que tinham conquistado aos vinte anos de cábula era ressabiamento e vaidade no penacho de intelectual pendura. Depois descobriram que o trabalho, o esforço, as provas e os exames traumatizavam as criancinhas. E assim chegámos ao doutor que acredita piamente no aquecimento global. Aniceto Carvalho