GENTE RELES SEM VERGONHA... É Quando um polidor de esquinas sem um pingo de verticalidade se vem vangloriar para a televisão portuguesa de ter participado numa vergonha destas. De entre vários, um tal João Braga.
UM TAL ORNETTE COLEMAN Estamos em 1971. Milhares de portugueses, militares e civis, sacrificam as suas vidas pelo pais na Guerra do Ultramar, outros milhares de homens e mulheres choram os filhos, os maridos e os namorados ausentes. Estamos em 1971 e, enquanto isto, num pavilhão de Cascais a abarrotar de betinhos imprestáveis futuros polidores de esquinas enquadrados e orquestrados por comunas disfarçados de gente bem, aplaudem delirantes um bandalho americano que está em Portugal a sugar o nosso sangue, e que instigado sabe-se lá por quem, obviamente outro pulha como ele, dedica a sua canção "Song for Che", esta já de si um monte de esterco, aos movimentos de libertação de Angola e Moçambique que combatem contra Portugal. No tal Portugal da “ditadura” nem sequer foram molestados… mas num país onde a diferença de opinião era condenada com a morte lenta na Sibéria, qual seria a reacção de um Estaline a uma coisa destas?
ALVES DOS REIS, UM SEU CRIADO No Canal Memória da RTP estão a repetir o “Alves dos Reis, um seu criado”. Na novela, do principio ao fim, o personagem tem uma verdadeira fixação pela grandeza e riqueza de Angola. Era a mais rigorosa das verdades. O que de facto qualquer pessoa sentia ao pôr os pés naquela maravilhosa terra. O resto, de então para cá, é o que se sabe.
Fiz a primeira comissão de serviço em Luanda mas… porque os helicópteros, ao que estava destinado, iam para o Negage, foi para o planalto do Uíge que fui recambiado quando parti para o Ultramar no dia oito de Agosto de 1961. Um jovem controlador de tráfego aéreo que tinha chegado à Base Aérea 6 uns tempos antes era natural do Negage, nada me podia ter calhado melhor para saber tudo da terra que eu estava prestes a conhecer.Tivémos de interromper a aconversa, lá nos encontrámos meses depois. O jovem cabíssimo simpatizava comigo, eu com ele, do Negage e de tudo o que dizia respeito ao Planalto do Uíge, pouco ficou que não tivesse sido exposto, esventrado, estudado por todos os ângulos. De clima temperado de planalto, no qual um ligeiro abafo na cama em qualquer altura do ano era o bastante, tudo em Negage eram colinas verdejantes onde, de repente, eu tinha regressado aos meus catorze anos em Queluz de olhos esbugalhados nas paisagens de uma revista americana, uma profusão de cor, cowboys e gado nas pradarias do Far West. - Não seja por isso – atalhou o meu interlocutor. – O que falta por este Uíge fora é terra para quem tenha unhas para ela. Unhas, que não as minhas… Eu era casado tinha sido pai há meses, estava no patamar mais importante da carreira profissional, não tinha dinheiro nem experiência de agricultor, pelo que me pareceu depois, numa terra predominantemente de fazendeiros de café, era tão normal a criação de gado no Planalto do Uíge como a pastagem de golfinhos nos Montes Hermínios. Tinha sido uma ideia… nada mais. Mas bastava alguma imaginação para ver emergir da terra vermelha do Uíge todas as riquezas de Angola.
APENAS ISSO... ATÉ HOJE. "Infelizmente, para aquela gente" - como terá dito Salazar quando soube da descoberta de petróleo na então província portuguesa. Aniceto Carvalho
A famosa Yma Sumac. Embora a maravilhosa época do bolero, do mambo e xá xá xa, a voz da Yma Sumac não foi necessariamente das minhas preferências na altura.
Lembro-me contudo perfeitamente que foi um estrondoso sucesso da música peruana nos anos 50 por cá e, parece-me, no mundo inteiro. Recordem-na também: https://pt.wikipedia.org/wiki/Yma_Sumac
MEMÓRIA É VIDA VIVIDA… PARA A FRENTE NÃO SE SABE. A não ser que não se tivesse um pingo de amor próprio, “livre do serviço militar” não era cartão de visita que se gostasse de mostrar a alguém. Daí a festança rija e os excessos quando se ficava apurado. Era a maioridade… Mas também, porque, o que menos interessa à juventude é a saúde, frequentemente era o primeiro contacto com o médico, a primeira vez que se sabia do estado de saúde e da condição física. Ficar apurado para todo o serviço militar significava deixar a terra, muitas vezes pela primeira vez, conhecer outras gentes, outros horizontes Há séculos que milhares de portugueses como estes tinham defendido os seus castros da cobiça alheia, acompanhado o Aníbal ao coração do Império Romano e o Viriato para lá das margens do Guadalquivir. Com dissabores e riscos, é sabido. Destes até com a perda da própria vida… mas, sem isso, o que é a vida mais do que um papel em branco? Há muito que se sabia tudo isto: Que ficar apurado para o serviço militar era muito mais do que deixar para trás a primeira namoradinha, o emprego sem motivação nem futuro, sair de debaixo das saias da mãe que, para o bem e para o mal, o mundo era um escancarado horizonte sem fim,… há centenas de anos que “a tropa abria os olhos”, que eram dois anos de aprendizagem, de oportunidades à espera, quando não, como também se sabia, até aos mais altos voos. “MENINOS” na Guerra do Ultramar é conversa para adormecer patego. Se lá esteve algum, eu acredito que sim, para ele e para todos, era melhor que nunca lá tivesse posto os pés. A tropa não era para gente dessa. Nem era preciso. A percentagem de militares do contingente geral “obrigados” na Guerra do Ultramar foi diminuta. Eu acredito que, se não tivesse sido mobilizada a maioria dos que o foram hoje nem sequer gostaria de se ver ao espelho. De resto, sabe-se: Na Força Aérea Portuguesa, nos Páras, na Armada Portuguesa, nos Fuzileiros, nos Comandos, etc., onde nunca houve militares de cumprimento militar obrigatório, também nunca faltaram voluntários. Fui militar de carreira, fiz dez anos de Guerra no Ultramar. Tive lá comigo dois irmãos ao mesmo tempo. Nenhum mexeu uma palha para o evitar.
(1) Mapa do Próximo, Médio, parte do Extremo Oriente. Antigo (e actual), Corredor Sírio Palestiniano, Petrodolares. Está tudo ligado. Pensem no assunto... se quiserem.
Aniceto Carvalho
(2) Eu não tenho nada a ver com a Venezuela... Detesto é que queiram fazer de mim parvo e que insistam em me fazer lavagens ao cérebro.
Aniceto Carvalho
(3) VENEZUELA E MEMÓRIA Em política internacional e jornalística a actual crise na Venuzuela não vos faz lembrar o ataque cerrado a Portugal durante a Guerra da Ultramar?
(Pois se esqueceram, não deviam. "Certos "amigos" nunca se devem esquecer... em especial quando um dia precisámos deles e eles nos deram com os pés.) O Iraque, a Síria, o Médio, Próximo e Extremo Oriente também não vos diz nada?Nem o Vietnam e as Coreias, etc.? Nem a Líbia e todo o Norte de África? Nem os ataques à Indonésia com a colossal palhaçada de Timor Leste? Nem o recente volte face de um dia para o outro com a Coreia do Norte e com o Brasil? Para que tudo acabe na Venezuela basta colocarem lá o palhaço… Ou então que o Maduro abra mão do acesso ao Canal do Panamá na Zona Excluva da Venezuela. Para além do negócio do petróleo, claro está. Fascistas, comunistas, afins ou similares, aqui, é conversa fiada. Aniceto Carvalho
Talvez você saiba quem foi o roqueiro que tem o nome num avião da TAP. É bem possível, não se falou por aí de outra coisa. Mas já agora: Quem foi o português a fazer a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul, você sabe?
Pois é. O senhor Charles Lindberg, ruidosamente celebrado no mundo inteiro em tudo onde se fala de aviação, (americano, claro está), fez a Travessia do Atlântico Norte, entre o Lavrador e a Irlanda. Em 1927, cinco anos mais tarde.
A solo, é certo... mas apoiado por barcos no percurso.
Agora comparem as distâncias de um e do outro.
NOTA MUITO IMPORTANTE: Longe da grandeza com que as habituais sumidades cá da terra distinguem um borra-botas, o almirante Carlos Viegas Gago Coutinho esteve muito para além de navegador na Travessia do Atlântico Sul.
CEM ANOS A ANDAR PARA TRÁS Quando os pais não têm capacidade para educar os filhos, dão-lhes tudo o que eles querem para os manter sossegados e não serem incomodados. Foi precisamente o que aconteceu em Portugal nos últimos 44 anos. Tudo o resto andou cem anos para trás. (Com exemplos, indubitáveis... para quem quiser saber). Eu tinha trinta e nove anos de idade, VIVIDOS, em 1974. Aniceto Carvalho
Como eram os homens que fundaram, que sacrificaram toda uma vida, que fizeram crescer pujantes empresas em todo o nosso mundo, que com isso melhoraram as condições de vida de milhões de seres humanos no Século XX.
Ainda conheci alguns.
Depois vieram os sindicalistas: Gente ressabiada e invejosa, sem préstimo.
Gente que nunca mexeu uma palha, que nem sonha o que é sustentar um posto de trabalho ou varrer um passeio no jardim municipal. (São sempre os mesmos). Gente hábil a botar faladura ao incauto que, com a conversa de zelar pelo trabalhador, vive à grande e à francesa à conta da quota e do suor de quem diz defender.
Os antigos patrões estavam velhos e cansados, sem energia nem paciência... os filhos deles eram doutores, não estavam para aturar em vão o que os pais tinham passado. A empresa desapareceu.
Foi então que chegámos ao patrão que não conhece o empregado... ao empregado que não sabe quem seja o patrão. Nem interessa. Áquele pouco importa que o filho deste esteja a morrer de uma doença incurável... para o empregado, desde que as greves continuem, estádios cheios e cerveja a rodos está tudo na maior.
PASSARINHOS DO MAR DA PALHA Em sete anos de Base Aérea 6, de 1954 a 1960, sempre ligado aos aviões que voavam, como eu próprio fazia a minha perninha, numa época em que a unidade do Montijo era a que mais aparelhos tinha sempre no ar, não tenho a mais leve ideia de alguma vez alguém ter ligado uma nesga de importância aos passarinhos que voavam por ali na Península do Mar da Palha. Acho que tínhamos mais que fazer. Com as passarinhas era diferente... mas isso era mais em terra firme. Aniceto Carvalho
CONFLITO DE GERAÇÕES Têm razão os que discordam do Sócrates, do Hesíodo, de outros escritos antigos que referem as tropelias das gerações mais novas do tempo deles. Têm razão. O conflito de gerações é tão antigo como o homem. Tudo certo. O problema é que, como a conspiração e o assassinato de Júlio César o demonstram, tem sido dessa juventude desgarrada, sem rumo nem projecto que têm saído sempre os governantes do mundo. Só isso explica que um mundo governado há milhares de anos pelos supostamente mais capazes continue a mostrar nos dias de hoje a mesma tacanhez do passado. Aniceto Carvalho
Cartaz americano de 1942 a incentivar as mulheres a trabalhar nas fábricas etc., para compensar a falta de homens na guerra. TRETAS... Nunca nenhum páis precisou de fazer isso para substituir os homens em guerra.
O que eles não diziam no cartaz é que com esta sábia golpada as mulheres iam pagar impostos à grande, à francesa e com língua de palmo. Até hoje.