NÃO TENHO DE RESPEITAR Não tenho de respeitar quem não me respeita; Não tenho de respeitar um aleijado mental que apregoa aos quatro ventos que os namorados dos anos 50 não podiam andar de mão dada na rua; Não tenho de respeitar um achadiço borra-botas que passa a vida a atirar para cima do Estado Novo a culpa da sua imbecilidade, limitações e traumas;
Não tenho de respeitar um lambe-cus polidor de esquinas que papagueia verdadeiras barbaridade na televisão só para ficar bonito na fotografia; Não tenho de respeitar nem aturar certa gente que "inventa" a transumância até às profundezas do Alentejo quando a mesma acabava no segundo mês do ano num redil numa terra do meu pai, ao lado da Estrada da Beira, bem perto dos sopés das serras da Estrela e da Lousã, no curso inferior do Ceira e do Mondego; Não tenho de respeitar professores que ensinam aos alunos que “o fruto do carvalho é a bolota”, e que “o bugalho”, de facto o fruto do carvalho, “é uma excrescência da árvore para se defender do ataque de uma mosca”;
Não tenho de respeitar um sistema político que acolhe, promove e condecora como figuras nacionais, traidores à pátria, terroristas e criminosos de delito comum. Aniceto Carvalho
À DESCOBERTA Á DESCOBERTA é um programa sobre diversos eventos no Mundo apresentado por dois actores franceses que eu vejo sempre e gosto muito. Neste último que vi, o tema era a evolução do RUGBY no mundo. Um dos actores tinha uma espécie de mapa da Europa em esboço, levantava uma parte da capa do esboço, apresentava o país correspondente. Mostrou a Grã-Bretanha, a França, etc., etc., por ali fora, levantou a parte do esboço do mapa relativo à Península Ibérica e... muito sorridente, atirou: - Aqui é a Espanha! “E tu, franciu do c..., és um grande filho da puta” – pensei eu. Quis o acaso que logo nessa noite recebesse a visita do “Asterix – ao Serviço de sua majestade”. Quem é que não deixa tudo para ver o Asterix? Com os romanos a passos de desembarcar nas costas da Inglaterra um súbdito militar de sua majestade vem avisar a rainha do drama eminente. E mais informa que perante a catástrofe o melhor era pedir auxílio aos irredutíveis gauleses do Asterix. A rainha pensa um tempão. O emissário, desesperado, por fim insiste:. Sua majestade britânica condescende em abrir o seu coração: - Estava aqui a pensar em qual das duas opções será pior: Se nos deixarmos invadir pelos romanos ou se pedir a ajuda aos gauleses. Era o que eu também pensava se estivesse no lugar de Sua Alteza Real. Aniceto Carvalho