ANTÓNIO LOPES RIBEIRO
ANTÓNIO LOPES RIBEIRO
Quando um tal Vasconcelos, ao que se diz cineasta, mereceu oito episódios na RTP pelos seus oitenta anos, o que teriam feito a este homem se ele fosse da cor?
clic aqui e veja quem foi António Lopes Ribeiro
"FESTA DA ALDEIA", por João Vilaret
Poema de António Lopes Ribeiro...
Tal e qual como era a festa na aldeia no meu tempo de miúdo.
A aldeia era, de facto, atapetada de rosmaninho e alecrim, pelo menos à porta das casas, os mastros e os arcos eram jovens pinheiros forrados de plantas nobres e flores, diversas cores de sementes em germinação completava no interior da capela o ambiente festivo.
Festa da Aldeia era organizada por um grupo de homens e mulheres constituído a seguir à festa do ano anterior. Os mordomos. Eram eles que organizavam o calendário da festa que, com a colaboração dos habitantes enfeitavam o lugar, que durante o ano angariavam as contribuição dos moradores e os fundos necessários para que a festa se realizasse.
Por muito modesta que fosse, a festa ficava sempre cara, requeria muito tacto, para que tudo acabasse em bem. Muito pequeno na altura, apenas presenciei mais ou menos.
A festa começava com uns foguetes e uns morteiros de Alvorada no Domingo de manhã logo bem cedo, seguia-se a missa, depois a procissão. Seguia-se o almoço de circunstância, a chanfana a preceito era a rainha, os músicos da banda eram convidados. Na parte da tarde era o arraial em volta da capela: Música de filarmónica no coreto de ocasião, um ou outro pé de dança, comes e bebes, encontros… acho que feirantes e coisas assim em arraias de festa de aldeia não tinham qualquer cabimento na época.
À noite, depois da ceia, baile até alta madrugada.
Uma coisa muito curiosa… ou talvez não. Basta pensar um pouco:
Porque razão nos bailes de fecho da festa da aldeia nunca havia porrada?
Aniceto Carvalho