NÃO TENHO DE RESPEITAR
NÃO TENHO DE RESPEITAR
Não tenho de respeitar quem não me respeita;
Não tenho de respeitar um aleijado mental que apregoa aos quatro ventos que os namorados dos anos 50 não podiam andar de mão dada na rua;
Não tenho de respeitar um achadiço borra-botas que passa a vida a atirar para cima do Estado Novo a culpa da sua imbecilidade, limitações e traumas;
Não tenho de respeitar um lambe-cus polidor de esquinas que papagueia verdadeiras barbaridade na televisão só para ficar bonito na fotografia;
Não tenho de respeitar nem aturar certa gente que "inventa" a transumância até às profundezas do Alentejo quando a mesma acabava no segundo mês do ano num redil numa terra do meu pai, ao lado da Estrada da Beira, bem perto dos sopés das serras da Estrela e da Lousã, no curso inferior do Ceira e do Mondego;
Não tenho de respeitar professores que ensinam aos alunos que “o fruto do carvalho é a bolota”, e que “o bugalho”, de facto o fruto do carvalho, “é uma excrescência da árvore para se defender do ataque de uma mosca”;
Não tenho de respeitar um sistema político que acolhe, promove e condecora como figuras nacionais, traidores à pátria, terroristas e criminosos de delito comum.
Aniceto Carvalho